Claude Lévi-Strauss - Tristes Trópicos (1955)
É o mais reconhecido ensaio de Claude Lévi-Strauss, um dos mais importantes filósofos e antropólogos franceses, escrito sob a forma de uma narrativa etnográfica romanceada, e com excertos sobre várias sociedades indígenas.
É acima de tudo uma memória das suas viagens e trabalhos de cariz antropológico, com destaque para o tempo passado no Brasil, embora se cruzem várias áreas do pensamento e comportamento humano, como a sociologia, a geografia ou mesmo a música e a literatura.
Tornou-se um clássico da etnologia mundial, mas também uma obra universal, abordando a crise do processo civilizacional da modernidade (1955), sendo mesmo considerado um dos 100 livros do século pelo jornal "Le Monde".
Lévi-Strauss é considerado o pai da antropologia estrutural (que tanto me assustou no início da minha licenciatura...), e um dos grandes intelectuais do século XX. Professor universitário e catedrático em várias instituições, realizou também vários trabalhos de campo, que deram origem a uma extensa obra, reconhecida internacionalmente.
Aproveito para deixar duas citações suas conhecidas:
1.- "O antropólogo é o astrónomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador."
2.- "Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
Muito Bom.
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