quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Clássico dos Clássicos?

Cinema Paradiso (1988)

Este filme é um daqueles clássicos de Domingo à tarde fantásticos, capazes da lágrima mais profunda, e daquele sorriso inocente que por vezes nos envergonhamos...

Realizado em 1988 por Giuseppe Tornatore, o filme retrata a viagem de um realizador de sucesso num regresso à sua terra natal, com vista a estar presente no funeral do homem que lhe fez ganhar o amor pelo cinema, o projecionista local, Alfredo.

É um filme de visita e de viagem, onde o personagem principal regressa no tempo e o acompanhamos na sua infância, até ao presente, onde já nada do seu passado existe. 

Com música de Ennio Morricone, o filme teve grande sucesso comercial na altura do seu lançamento, continuando hoje em dia a ser um "clássico" do cinema italiano, regressando à ribalta com uma edição "director's cut" de 170 minutos (2002).

Venceu o Óscar e o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro (1990), assim como o Grande Prémio do Júri em Cannes (1989).

Clássico. E então a cena dos "beijos cortados..."

terça-feira, 21 de junho de 2016

Pelo Tempo: "IndieLisboa, 10º Edição, 7ª Extensão" (2013-05-07)

Terminou no passado dia 28 de Abril a 10ª edição do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema, e que conseguiu reunir cerca de 45 mil participantes, entre sessões de cinema, workshops e palestras, sendo 30 mil espetadores dos cerca de 250 filmes exibidos.

Bons números para uma fase crítica que o setor cultural atravessa, demonstrando uma maturidade coerente, resultado dos anos de experiência acumulados, assim como de uma sempre acutilante estratégia comunicacional.

Agora seguem-se as extensões, confirmadas para este ano ainda apenas em Coimbra, Odivelas, e o sempre curioso caso de Angra do Heroísmo, que ao longo dos anos (desde 2007) tem vindo a ser a principal extensão do festival, quer pelo número de espetadores, quer pela sua frequência e continuidade.

Assim, entre 10 e 14 de Maio, numa organização da Associação Cultural Burra de Milho, exibir-se-ão alguns dos principais filmes da edição deste ano, assim como se repete o ciclo destinado ao público infantil, sempre com uma grande adesão.

Aliás, um dos aspetos principais para a organização é essa mesma formação de públicos, numa aproximação das crianças a conteúdos de qualidade e com uma estética diferente dos lugares comuns que as rodeiam no dia-a-dia. Desde 2007 já passaram cerca de 4000 pessoas pelas extensões realizadas em Angra, sendo que mais de metade desse número representa esse público infanto-juvenil referido, numa parceria com as escolas da ilha.

Este festival pretende acima de tudo divulgar um cinema que geralmente não é disponibilizado nas salas do circuito comercial, com o intuito de promover filmes de autores nacionais e estrangeiros de qualidade, mas de difícil acesso.

Este ano, e sob a temática de que “Hollywood está a ficar sem ideias”, serão exibidos na Terceira os grandes vencedores do Festival, e sem querer destacar nenhum filme em detrimento de outro, pois o gosto de cada um é suficiente para isso, existe grande expetativa na longa-metragem do primeiro dia da extensão, Doméstica, um documentário brasileiro onde sete crianças filmam as suas empregadas, transmitindo a imagem que delas têm, assim como da sua relação e proximidade – foi um dos filmes preferidos do público neste edição.

No sábado serão exibidos mais dois filmes premiados: um francês de animação e um brasileiro, na área da ficção – cinema que passa atualmente por uma maré de sucesso por todo o mundo (o brasileiro).

No domingo, além da sessão infantil da tarde (16h00), o destaque vai para a sessão noturna (21h00), com os grandes vencedores do festival, nomeadamente Da Vinci (Itália) e Leviathan (EUA / Reino Unido). 

Esperemos que os filmes agradem a todos, “miúdos e graúdos”, e mesmo que assim não seja, que para o ano tenhamos novamente a possibilidade de assistir a cinema deste género e qualidade, estando já anunciada a data do festival em Lisboa (24 de abril a 4 de maio).

Miguel Rosa Costa


terça-feira, 7 de junho de 2016

Kozelec - Do Best

Sun Kil Moon - Benji (2014)


Benji é o sexto álbum do profícuo projeto Sun Kill Moon, de Mark Kozelek (fundador e antigo guitarrista dos Red House Painters), um dos expoentes máximos do encontro entre o indie rock e o novo folk americano.

Fundador da Caldo Verde Records (a editora com o melhor nome de sempre!), que lança sobretudo o trabalho de Kozelek nas suas várias vertentes (também a solo), e ainda de alguns outros artistas menos conhecidos.

Outra saborosa curiosidade, que nem o próprio músico sabe explicar, sobre a sua relação com Portugal, é que neste álbum é utilizada mais do que uma vez a guitarra portuguesa, tocada pelo próprio Kozelec...

O nome do álbum é exatamente sobre o "Benji" que estão a pensar, o pequeno e amoroso cachorro do filme dos anos 70, pois é uma memória boa, feliz e familiar para Kozelec.

E é isso mesmo que o disco transmite, uma nostalgia que se percebe pessoal, mas emocional e intensa, onde nos sentimos próximos das histórias que o autor canta - o meu disco preferido de Kozelec!

O álbum foi recebido pela crítica com grande aclamação, sendo inclusive considerado um dos melhores 100 álbuns da década (Pitchfork Magazine), assim como obteve grandes notas nas principais revistas e sites da especialidade, como a NME, AllMusic e Rolling Stone.