sexta-feira, 31 de maio de 2013

"AMOSTRAM'ISSE" - MOSTRA DE CINEMA DOS AÇORES


“AMOSTRAM’ISSE” – MOSTRA DE CINEMA DOS AÇORES
Angra do Heroísmo, Horta, Ponta Delgada e Lisboa 
(Junho – Novembro 2013)

O Governo Regional dos Açores, através da Direção Regional da Juventude, e com a organização da Associação Cultural Burra de Milho apresenta o “AMOSTRAM’ISSE” – Mostra de Cinema dos Açores, que consiste na exibição de um conjunto de filmes realizados nos Açores, e que pretende de uma certa forma abordar o estado da arte do cinema na região.

O evento percorrerá quatro cidades, nomeadamente, Angra do Heroísmo (Junho), Horta (Julho), Ponta Delgada (Outubro) e Lisboa (Novembro), durante o ano de 2013, num esforço conjunto com um largo número de parceiros, numa perspetiva óbvia de promoção do cinema e dos realizadores açorianos.

Mais pormenores em http://amostramisse.blogspot.pt/.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Os Intocáveis ou os Amigos Inseparáveis...

Intouchables (2011)

Estes Amigos Improváveis apresentam-nos uma comédia dramática, de tremendo sucesso de bilheteiras em França, tendo mesmo sido considerado o evento cultural do ano - é obra!
Ganhou também vários prémios, e tecnicamente é um filme que muita qualidade.
Mas acima de tudo, é uma história sobre companheirismo, amizade e respeito mútuo - e é sempre isso que conta...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alberto Carneiro: artista plástico e escultor português...




Alberto Carneiro é um artista plástico e escultor português, talvez pouco conhecido, certamente pouco divulgado. Recentemente recebeu justa atenção devido a exposição em Serralves, ams tem já uma longa carreira e percurso artístico importante para Portugal.
Nasce em 1937, e jovem trabalha em oficinas de arte religiosa, iniciando-se nas tecnologias da madeira, da pedra e do marfim. Frequenta o ensino secundário na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, Porto, e na Escola António Arroio, Lisboa.
Em 1961 inscreve-se no curso de escultura da ESBAP, que termina em 1967. No ano seguinte parte para Londres como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian para frequentar a Saint Martin's School of Art (1968-1970), onde é aluno de Anthony Caro e Philip King.
Em Londres contacta com as novas tendências artísticas emergentes no final da década de 1960, nomeadamente com a arte minimal e concetual britânicas. A partir daí desenvolve projetos inovadores para o contexto português, entre os quais "O canavial: memória metamorfose de um corpo ausente" (1968) e "Uma floresta para os teus sonhos" (1970), onde se aproxima da Land Art. 
Esta visão antropológica da criatividade artística combina-se com uma aproximação às filosofias orientais da essência e da natureza (budismo zen, tantrismo) e levam-no a elaborar o Manifesto de Arte Ecológica (1968-72) que repudia o dualismo ocidental sensualidade/espiritualidade e promove a reabilitação das coisas mais simples no significar da comunicação estética" .
Em 1977 participa na exposição Alternativa Zero, e entre 1972 e 1976 leciona no curso de escultura da ESBAP; de 1972 a 1985 é responsável pela orientação artística e pedagógica do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC); leciona na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (1985-1994).
Em 1985 recebe o Prémio AICA.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Levantem essas Antenas (GYBE!)

Godspeed You Black Emperor! - Lift Your Skinny Fists Like Antennas to Heaven (2000)

Esta magnífica peça musical, composta "apenas" por quatro temas em dois discos, cada um deles com várias partes e cerca de 20 minutos cada, são um misto de música ambiente, pop, rock espacial e orquestral, que nos fazem viajar por vários tipos de emoções, num padrão sempre em evolução e crescendo.
Deixa de ser "apenas" mais um disco para se transformar em algo com potencial de seminal a nível artístico, pelo modo como conjuga os nossos as reacções musicas e emocionais ao longo do disco, levando-nos a sensações extremadas em relação à música que ouvimos.
Importante ouvir tendo em vista um mais amplo conhecimento do potencial criativo da música...

terça-feira, 14 de maio de 2013

O Regresso do Cine-Clube da Ilha Terceira (1978-2013): A Nave dos Loucos

A Nave dos Loucos (Ship Of Fools, 1965)

A 23 de Abril de 2013, aproveitando a realização de uma Assembleia Geral do recentemente reativado Cine-Clube da Ilha Terceira (CCIT), procedeu-se à exibição do filme A Nave dos Loucos, de Stanley Kramer. Este foi o primeiro filme exibido pelo CCIT, a 16 de Janeiro de 1978, na Recreio dos Artistas, marcando assim uma forte ligação com a origem desta instituição.

Esta poderosa crítica social, do desvalorizado Stanley Kramer, conta a história de um conjunto de personagens a bordo de um navio, em viagem do México para a Alemanha nos anos 1930, e conta com um elenco de luxo, com o destaque para Vivien Leigh e Lee Marvin (na capa), tendo este sido o último filme da grande diva norte-americana. 

Ganhou ainda dois Óscares: melhor direção artística e melhor cinematografia, sendo curioso que com uma carreira brilhante, Kramer acabou por nunca ganhar um Óscar em seu nome, tendo no entanto sido-lhe atribuído vários prémios em vários países.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nick Cave - Do Best...

Nick Cave and the Bad Seeds - Tender Prey (1988)


Provavelmente um dos melhores álbuns do século, que entra para a história por ser o mais marcante da atitude "Nick Cave". Sombrio quanto baste, profundo, mas direto e humanista, este quinto disco de Nick Cave and the Bad Seeds, e o meu favorito, ficou conhecido principalmente devido a "The Mercy Seat", embora nunca tenha atingido os principais tops de tabelas internacionais (bom sinal?).
Grande disco!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Pelo Tempo: "Que Música nos Deu 2011 – Parte I" (2012-01-06)

É até provável que se arranjem umas estatísticas, ao estilo PORDATA e argumentos como “os números não enganam”, como tão demagogicamente o serviço público da RTP 1 tem apresentado nos últimos meses após o Telejornal, mas o que é facto, é que as pessoas não deixam de ouvir e de consumir música. Assim, decidi fazer novamente uma pesquisa pelo que considero as revistas ou sítios mais importantes e significativos da cena musical, de cariz mais popular, deixando assumidamente de lado as vertentes específicas da música, como o heavy metal, jazz ou música clássica.
A nível nacional recorri às tabelas apresentadas pelo Blitz e pela página de música do Sapo, assim como pela mais alternativa Bodyspace. Ao nível internacional as tabelas analisadas foram da Rolling Stone, Billboard, Pitchfoark, New Musical Express e Spin, as maiores referências do jornalismo musical.
Não se trata portanto dos álbuns mais vendidos, nem dos mais emitidos na rádio e televisão, mas provavelmente, segundo os melhores jornalistas musicais do mundo ocidental, os melhores trabalhos do ano. Depois passei uma breve vista de olhos no sítio Metacritic, que faz a recolha estatística a nível mundial das várias tabelas existentes, ou seja, tenta fazer um “top dos topes”, atribuindo um determinado número de pontos por cada primeiro, segundo e terceiro lugar em tabelas musicais.
Assim, a haver um álbum do ano, só poderia ser “Let England Shake”, de PJ Harvey, sendo referenciado em quase todos os topes dos órgãos de comunicação social da área, e em alguns deles como número um. Polly Jean arrasou de novo, mostrando um coração enorme, sempre com uma atitude lutadora.
Estatisticamente, o álbum que apresento em 2º ficou realmente em 3º, mas eu gosto mais dele! Trata-se do disco homónimo dos Bon Iver, para mim o seu melhor trabalho até agora: angelical, fácil de entender e com letras para ouvir várias vezes…
E agora, em 3º, o 2º classificado: “21”, de Adele. Poderoso disco, de grande impacto comercial, acabando de vez com as comparações iniciais a Amy Winehouse. Som profundo, num piano pesado e sofredor.
A seguir, destaque para o segundo álbum dos tUnE-yArDs, “w h o ki l l”, banda e disco com nomes estilizados, que antecipam a intensidade e criatividade do projeto, misturando folk, funk, afro-pop e rock, apoiados na poderosa voz de Merrill Garbus. Gostei, mas tenho que ouvir mais.
No trabalho de St. Vincent, “Strange Mercy”, vem ao de cima toda a poética e criatividade de Annie Clark, onde com uma bela voz e uma melodia quase inocente, nos conta pesadas histórias de amor, dor e confusão.
(Continua…)