sábado, 29 de dezembro de 2018

Ludovico Einaudi - Intelectualmente envolvente...

Ludovico Einaudi - Elements (2015)

Como o próprio nome indica, o álbum inspira-se nos elementos da natureza, construídos pela habitual ultra sensibilidade de Ludovico Einaudi, com uma música muito mais que sonora, mas também visual e de emoções.

Para quem não conhece, é de referir que Einaudi é um pianista e compositor, tendo-se tornado mais conhecido de um grande público ao criar algumas bandas sonoras de referência ("Intocáveis" ou "Eu Ainda Estou Aqui"), assim como alguns prémios

É um tipo de música, que embora se enquadre no que habitualmente chamamos "música clássica", de tradição ocidental, vai beber a muitas fontes e géneros musicais, podendo-se encaixar no conceito de música ambiente e minimalista.

Intelectualmente envolvente...


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O irreverente niilista

​​Friedrich Nietzsche - O Anticristo (1895)

Outra referência brutal da adolescência, típica da curiosidade irreverente e inquisitiva. 

Sem quaisquer pretensões de mensagem sublime por fazer este post em plena época natalícia, esta obra, do fim do século XIX, e num contexto europeu totalmente diferente do atual, é considerada uma das mais acutilantes críticas ao cristianismo.

O livro não é só isso, como Nietzsche nos habituou, disparando para várias análises, tendo obviamente por base o papel das religiões nas sociedades, das suas construções e ainda de um papel desperdiçado por várias igrejas por não agirem diretamente no desenvolvimento social necessário à data, no mínimo, a não deixarem as comunidades decaírem...

Vários intervenientes da história das religiões são mencionados e atacados no livro, como Lutero, Paulo de Tarso ou mesmo Kant. Também o budismo em geral é fortemente criticado, considerando-o mesmo "a religião do nada", mas mesmo assim mais construtivo do que o cristianismo.

No meio de tanta pancada - ressalva intelectualmente curiosa - considera o Código de Manú uma obra que "pode ser considerada uma filosofia".

Enfim, desaforos de Nietzsche, para fazer o neocortex trabalhar...