quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A dor em Guernica

Pablo Picasso - Guernica (1937)

Existem alguns quadros e peças de arte que marcam de facto a humanidade, que habitam a nossa memória por tanto tempo, mantendo um desejo de um dia as vermos ao vivo, quase como uma confirmação de que é real, mas também de satisfação pessoal. Assim, após ter tido a sorte de visitar o Museu Nacional Rainha Sofia, em Madrid, não podia deixar de contemplar o famoso painel "Guernica", de Pablo Picasso.

Este trabalho representa um bombardeamento à cidade espanhola de Guernica, por aviões alemães e italianos, durante a guerra civil espanhola, em 1937, e tem sido desde então uma das mais reconhecidas representações da dor humana e da guerra, pelo sofrimento causado a tantos civis inocentes.

Apenas foi usado o preto e o branco neste trabalho, no estilo cubista, tão próprio de Picasso, sendo claro que a mensagem é de tristeza, abandono e sofrimento, e embora tenha uma abrangência universal, também reflete emoções muito pessoais do próprio autor.

Mas por mais estudos que tenham sido publicados, por mais versões e opiniões sobre o que queria realmente Picasso dizer nesta sua dinâmica obra, é o próprio a desmistificar o assunto, afirmando que pintou os objectos que lá estão por serem eles mesmos: "um toiro é um toiro e um cavalo é um cavalo; o significado que cada um dá a eles, também eu conclui pessoalmente".

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

OuVisto

Ariel Pink's Haunted Graffiti - Before Today (2010)

Este foi o álbum que mais ouvi no ano passado, mesmo sem o considerar como o favorito, foi o que mais alegria me proporcionou ao escutar. E tudo isto num primeiro contacto que tive com o mundo de Ariel Pink's Haunted Graffit, num divertido "folk punk", conferindo qualidade e criatividade ao som mais lamecha e piroso, semelhante ao soft pop dos anos 80. Muito Bom.
É sem dúvida um talento muito singular, e um som muito criativo, diferente e original - algo difícil de afirmar. E ao mesmo tempo é de muito fácil audição, ou assim parece, pois debaixo de tanta simplicidade e "easy listening", reside uma artística irreverência de qualidade.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

OuVisto

The Great Buck Howard (2008)

Esta ternurenta comédia dramática retrata um jovem (Colin Hanks) à procura de rumo na vida, desistindo do curso de Direito, que não era o seu destino, e se torna assistente pessoal de um ultrapassado mágico (John Malkovich), preso a um passado de sucesso.
Numa viagem ao longo do país em digressão, prepara-se o grande regresso do mágico, num misto de expectativa de falhanço premente, mas com uma mensagem de esperança e humanismo intensa!
Por curiosidade, quando Tom Hanks aparece no filme, no papel do pai do jovem, é que me apercebi que o actor Colin "Hanks" era o seu filho...


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Takeshi Kitano – Nunca Digas Banzai! (2010-12)


Conheci-o como actor, depois realizador, e agora percebo-o como provocador que é. “Beat” Takeshi Kitano, do Japão para o Mundo a uma velocidade televisiva!
A meio dos anos 90, não havia sábado à tarde que não perdesse uma boa hora ou duas a ver o programa “Nunca Digas Banzai”, que chegou a emitir na RTP1 uns anos antes e posteriormente, já na era TV Cabo, na SIC Radical.
De nome original “Takeshi’s Castle”, constava de um concurso televisivo japonês, onde inicialmente mais de uma centena de concorrentes iriam tentar chegar a uma batalha final para conquistar o castelo de um conde maluco, representado por Takeshi Kitano.
No entretanto, em várias provas a eliminar, a gargalhada originava lágrima quase certa: desde os labirintos cujas portas terminavam em banhos de lama, ou as fossas que tinham que ser ultrapassadas por uma corda, o prazer de ver os nossos amigos nipónicos a tentarem cometer proezas físicas quase impossíveis era do melhor que um sábado à tarde em casa nos podia providenciar!
Os comentários, por curiosidade, eram feitos pelos jovens José Carlos Malato e Ana Lamy, e nem ligavam muito ao que se ia passando no concurso, mas sim gozando com as expressões, palavras e, acima de tudo, “figuras” que os concorrentes faziam.
Mas a verdadeira história por trás deste artigo é a exposição “Gosse de Peintre”, que se realizou este ano entre Março e Setembro, na Fundação Cartier, em Paris. Não fui, nem estive lá perto. Mas bendita internet e comunicação social portuguesa, que nos permitem viajar e sonhar sentados no conforto da nossa casa.
Esta foi a primeira exposição de Takeshi Kitano, o maluco apresentador do programa “Nunca Digas Banzai”, e logo uma das mais ambiciosas da Fundação Cartier, segundo a sua administração. Embora comunicando directamente com os adultos, foi desenhada para levar a sério as crianças, convidando-as a pensar e a sonhar, juntando-se assim à exposição.
Como disse o próprio autor, “com esta exibição, tentei expandir a definição de «arte», torná-la menos convencional, menos snob, mais casual e acessível a todos.”
Criada inteiramente por Takeshi Kitano, especificamente para aquele espaço, é composta por pinturas, vídeos, esculturas e máquinas fantásticas, associado a um certo cliché que existe sobre a cultura japonesa.
Com um forte cariz autobiográfico, esta exposição prima pela ideia de subversão que faz de uma exposição “normal”, ou seja, transforma um museu em parque de diversões, convidando o visitante a interagir e participar – algo que muitos tentam, mas poucos conseguem.
Enquanto criança, Kitano ajudava o pai, que era pintor, sendo gozado pelos seus colegas de classe média japonesa, que o chamavam de “filho de pintor”, o que considerava uma grande ofensa. Agora, na sua primeira exposição, vinga-se desses tempos, intitulando a exposição de “Gosse de Peintre”, literalmente “filho de pintor”. Já num dos seus filmes mais populares em Portugal, “O Verão de Kikujiro” (1999), a infância é o tema retratado, numa perspectiva muito humana e poética, sempre acompanhada de humor.
Realizador, actor, apresentador de televisão, comediante, pintor e escritor, Takeshi Kitano tem de facto uma personalidade singular. Famoso no mundo ocidental pelos filmes que tem realizado, é uma estrela popular da televisão japonesa.
Muito do seu trabalho cinematográfico inicial recai sobre a máfia japonesa, a Yakuza, com cenas demasiado longas onde nada acontecia, ou cenas que terminavam repentinamente e muito violentas.
Com cerca de 15 filmes realizados entre 1989 e 2010, muitos dos quais também escritos, montados e protagonizados pelo próprio, os destaques vão certamente para “Fireworks” (1997), “Dolls” (2002) e “Achiles and the Tortoise” (2008), tendo já ganho vários prémios nos principais festivais de cinema por todo o mundo. Recentemente estreou o último filme, “Outrage”, durante o Festival de Cannes de 2010.
Mas a sua verdadeira faceta de estrelato é enquanto apresentador de televisão no Japão, com outros concursos e séries de comédia de enorme sucesso depois de “Takeshi’s Castle”.
Takeshi Kitano já foi considerado por alguma crítica japonesa como o verdadeiro sucessor de Akiro Kurosawa, o mais famoso realizador de cinema japonês de sempre. Ainda arranja tempo para dar aulas na Universidade de Artes de Tóquio, dirige uma agência de talentos, assim como um festival internacional de cinema, o “Tokyo Filmex”.
Um exemplo destes dá-nos vontade de levantar da cadeira e produzir qualquer coisa, intervir de qualquer modo, e de preferência, fazer qualquer tipo de alteração na nossa sociedade.

in Jornal Feedback 100%, Dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

OuVido

Jay-Z - The Blueprint (2001)

Este glorioso triunfo de Jay-Z mostrou ao mundo que o Hip-Hop e o Rap (principalmente as vertentes East Coast e Hardcore) se encostam perfeitamente ao rock de cariz autorial. Este álbum é muito mais que Hip-Hop, é muito mais que fusão - o ritmo e a batida estão quase sempre lá, e um ouvido malandro pode nem querer perceber isso, mas após uma audição mais cuidada, percebemos que se trata de um daqueles álbuns seminais para a história da música contemporânea.
Um favorito.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Leituras: Lewis Carroll e a sua Alice

Lewis Carroll - Alice no País das Maravilhas (1865) 
e
Lewis Carroll - Alice do Outro Lado do Espelho (1871)


Pode parecer pouco ortodoxo, mas juntamente com o já referido Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, estes trabalhos de Lewis Carroll foram fundamentais para os meus primeiros tempos enquanto aluno da licenciatura em Antropologia, devido fundamentalmente à sua complexidade e variedade de abordagens, preparando-nos para um conceito de "Estrutura".

Se em Alice no País das Maravilhas a menina segue o Coelho Branco e conhece os mais variados e estranhos personagens, em Alice do Outro Lado do Espelho, a sua continuação menos conhecida, Alice tem de ultrapassar vários obstáculos, estruturados como etapas de um jogo de xadrez, com vista a tornar-se rainha, nestes universos de pesadelo, povoados por criaturas esquisitas que vivem aprisionadas em paradoxos lógicos e argumentos circulares.

Somos transportados para um lugar fantástico, povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo - característica dos sonhos, e repleto de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Experimentar Ainda

Of Montreal - Paralytic Stalks (2012)

O novo dos Of Montreal. A ouvir ansiosamente, a gostar frescamente, para analisar tranquilamente...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

OuVisto

Boa Noite e Boa Sorte (2005)

Um momento decisivo de coragem no mais negro período dos Estados Unidos da América do século XX, a perseguição aos indivíduos que tivessem qualquer ligação mínima aos comunistas, pelo fanático senador McCarthy.
Filme intenso, cuja realização e posterior edição a preto e branco, lhe confere o dramatismo que a situação em si despontou, baseado na integridade e coragem de um grupo de jornalistas.
Clooney mete-se sempre em projectos interessantes, e preferencialmente de cariz social e com algum impacto histórico e político...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

LABJOVEM - Concurso de Jovens Criadores dos Açores - Apresentação dos Resultados


Governo Regional dos Açores, através da Direcção Regional da Juventude, e com organização da Associação Cultural Burra de Milho, apresenta, no próximo dia 11 de Fevereiro, pelas 21h00 horas, os nomes dos projectos e dos artistas seleccionados no concurso LABJOVEM 2011, cujas reuniões dos júris decorreram nos passados dias 9, 10 e 11 de Dezembro de 2011, na EXPOLAB, Lagoa, ilha de São Miguel. 

A apresentação será feita na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, na cidade da Praia da Vitória, ilha Terceira,  com início marcado para as 21h00, e contará com a presença do Director Regional da Juventude e do Secretário da Presidência do Governo Regional dos Açores. Todo o evento será transmitido online e em directo através dos links:

 e



Antes da apresentação pública será inaugurada a instalação de arte digital intulada k.~, ∆, autómatos universais, da autoria do artista André Sier. A apresentação está marcada para as 22h00, seguindo-se a actuação dosWicked Jamaica – projecto seleccionado na área de música da 2ª edição do LABJOVEM – Concurso de Jovens Criadores dos Açores (2009), pelas 22h30.


Os seleccionados apresentados integrarão a  Mostra LABJOVEM 2012, um programa itinerante que pretende de forma  continuada difundir o trabalho dos jovens criadores, englobando:
 - Exposição de Arquitectura, Artes Plásticas, Design de Moda, Design Gráfico, Fotografia, Ilustração e Banda Desenhada.
 - Apresentação de espectáculos nas áreas de Artes Cénicas e Música.
 - Apresentação de uma Mostra de Vídeo.
 - Elaboração de um catálogo geral dos projectos seleccionados.
 - Edição de uma colectânea dos projectos seleccionados nas áreas de Música e Vídeo.
-  Publicação de obras literárias através da colecção de literatura LABJOVEM, da responsabilidade da Direcção Regional da Cultura.


De entre os projectos seleccionados em cada área para integrar a Mostra Regional, ao projecto com mais alta pontuação pelo júri do concurso LABJOVEMserá atribuído um prémio. O(a) criador(a) seleccionado(a) receberá uma bolsa de formação, direccionada para a área na qual foi seleccionado(a). Os pormenores serão tornados públicos aquando da divulgação dos seleccionados.

O júri atribuiu igualmente o prémio RESTART ao projecto com segunda melhor pontuação pelo júri, que se traduz numa formação de 24 horas no RESTART – Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias.

Serão ainda atribuídas as seguintes menções:

LABCOMUNIDADES – aos projectos que, de entre os seleccionados, tenham sido  concebidos por descendentes de açorianos, até à 3ª geração, residentes na  Diáspora dos Estados Unidos da América e Canadá;

LABREVELAÇÃO – aos projectos que, de entre os seleccionados, tenham sido  concebidos por jovens com idade inferior a 20 anos.

Apareçam!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um Desafio Para o Fim-de-Semana

Passeios Dados, Não Concretizados (2007)

Uma das imagens do projecto "Momntos", de um jovem artista açoriano, onde se reflecte sobre a espontaneidade, o profissionalismo e a formação em torno da fotografia, área em franca expansão devido a avanços tecnológicos diários. Interessante.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Arte e intervenção social (2010-12-23)

Uma vez por mês a empresa municipal Culturangra organiza uma sessão de cinema com o intuito de provocar um espaço de discussão e conversa sobre temas actuais, na área da cultura, ambiente ou sociedade.
No fim do mês de Novembro realizou-se uma sessão com a exibição do filme “Um Sonho Impossível” (“The Blind Side” no original em inglês), que conta a história de um jovem atleta de futebol americano e da família que o apoiou. O filme baseia-se então na incrível história de vida do jovem Michael Oher, assim como da atitude assertiva e vencedora da mulher de negócios Leigh Anne Tuhoy.
Enquanto filme, “Um Sonho Impossível” é relativamente insípido, simples e sem grande profundidade, com um tradicional “fim feliz” como tão bem Hollywood nos habituou – reconfortante para a alma. Deu o Óscar de melhor actriz a Sandra Bullock, provavelmente pela carreira mais do que por este papel, mas são as politiquices na indústria cinematográfica – enfim, o filme estava destinado a ser dominado pela presença da actriz, o que não tira valor ao cerne da questão.
Baseado numa história verídica, temos Michael Oher (representado pelo desconhecido Quinton Aaron), um jovem afro-americano de 17 anos, que andou por várias famílias de acolhimento, sendo originário de um ambiente muito hostil, com pais alcoólicos e toxicodependentes e mais 12 irmãos. Devido ao seu grande atleticismo, e à amizade de um vizinho, consegue entrar para uma boa escola, fazendo valer os seus 1,93 metros e 140 quilos!
Sempre dormindo em casa de amigos, ou procurando abrigo em locais quentes, chegando por vezes a ficar ao relento, chama a atenção de Leigh Anne Tuhoy, típica senhora rica de famílias aristocráticas sulistas, que lhe dá guarida, e acima de tudo, companhia, carinho e estímulo.
Posteriormente, e após se ter criado uma rápida relação com todos os elementos da família, decidem tornar-se guardiões legais de Michael, ajudando-o na escola e iniciando-o no futebol americano, desporto de grande impacto nos Estados Unidos. Com todo o apoio e ajuda da família, integração escolar e uma visão de futuro, Michael tornou-se um grande jogador, tendo seguido uma brilhante carreira universitária, e sendo actualmente um dos melhores jogadores profissionais de futebol americano.
Mas lá aparece finalmente a questão, pois tendo tido críticas mistas, e mesmo tendo atingido um interessante valor de receitas de bilheteira de 250 milhões de dólares americanos, não será um filme a recordar. Marcante é de facto a história que nos dá a conhecer, sem esquecer a importante postura pela família que acolheu Michael, numa sociedade fortemente conservadora e racista, a capacidade de sobrevivência de uma criança a tanta provação.
Utiliza-se actualmente um termo, originário da Física, que acho que se enquadra perfeitamente no que pretendo destacar: resiliência. A psicologia impregnou esse termo de um valor emotivo muito curioso, apresentando-o como a “capacidade de um indivíduo lidar com problemas, superara obstáculos ou resistir á pressão de situações adversas, sem entrar em surto psicológico”, como nos aparece explicado no sítio da Wikipedia. É de facto incrível o que aquele jovem passou durante a sua breve vida, como muitas outras crianças em todo o mundo, e se de facto nos sensibiliza a existência de tanta desgraça, deve-nos impressionar a capacidade e resistência existentes nesses pequenos corações.
Assim, e mesmo sem ser um grande exemplar criativo, temos a arte a transmitir uma mensagem de esperança e crença no futuro, tendo por base a solidariedade e coragem humana.
Outra abordagem a temáticas de cariz social surge em dois eventos a decorrer na ilha Terceira, numa organização da Associação Cultural Burra de Milho, promovida pela Direcção Regional de Igualdade de Oportunidades: o ciclo de cinema “Exclusão Social” e a exposição de pintura e literatura “Palavras Pintadas – a violência nas mulheres”.
O ciclo de cinema, de cariz documental, decorre no Auditório Ramo Grande, entre 27 de Novembro e 11 de Dezembro, e apresenta filmes subordinados à temática da Pobreza e da Exclusão Social, segundo diversos olhares e perspectivas, distribuídos por três Sábados, pelas 18h00, sendo que o destaque vai para a apresentação do documentário “Lisboetas”, pelas 21h00 do dia 11. De destacar também a colaboração do programa Europe Direct, que contribui com a cedência de várias curtas-metragens sobre a temática, a exibir antes das longas-metragens.
Em relação à exposição, que se baseia no mesmo protocolo assinado entre as entidades referidas, e como forma de assinalar o Dia Internacional da Erradicação da Violência contra as Mulheres, resulta de um trabalho conjunto entre a escritora Sónia Bettencourt e a artista plástica Phillipa Cardoso. A exposição foi inaugurada no dia 25 de Novembro, na Academia de Juventude da Ilha Terceira, e encontra-se patente até ao dia 31 de Dezembro.
Aqui fica um exemplo claro da importância do papel da arte e da criatividade no desenvolvimento da nossa sociedade, por vezes relegada a um papel de pouca importância em tempos de crise, mas um verdadeiro sustentáculo da coragem humana!

in Diário Insular, 2010-12-23