domingo, 27 de novembro de 2011

A Ver...

The 4400 (2004-2007)
Série televisiva sobre um grupo de 4400 pessoas, raptadas no passado e devolvidas pelo futuro. A ver, e a gostar.
Aliás, de como todos os produtos que abordem a temática de como trataremos das consequências da actividade humana no futuro do planeta, principalmente as relações pessoais e as próprias estruturas das sociedades... para não falar dos meios de transporte e actividades lúdicas!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A crise, o vulcão e a música (2010-10-05)

Da Islândia não nos vem apenas a crise e o vulcão (assim como uma vitória da selecção), mas acima de tudo música!
Trata-se de um país com uma população de 320 mil habitantes, quase a mesma que nos Açores, embora com uma área maior do que Portugal Continental (cerca de 100 mil quilómetros quadrados). Aliás, e sem juízos de qualquer tipo, as poucas semelhanças que existem connosco resumem-se ao facto de ser uma ilha, aos seus muitos fiordes (tipo fajãs) e a vários sítios de cariz geotérmico (tipo furnas). Enquanto sociedade, são extremamente liberais, com uma das mais altas taxas de literacia do mundo (99%), auto-suficientes e independentes – toda a electricidade é fornecida através de energias renováveis, como a geotermal ou a hidráulica!
A nível musical, possuem uma tradição baseada em canções folclóricas sobre amor, duendes e marinheiros, que manteve certas características desaparecidas em outros países nórdicos. O destaque vai para um tipo de canção, chamada “hákveöa”, que se refere a um especial ênfase dada a certas sílabas das palavras que compõem as letras, assim como existem muitas canções “à capela”, originárias ainda dos tempos dos Vikings. Para a actualidade parece ter subsistido esse aspecto contemplativo e abstracto, com paisagens muito extensas, gelo a perder de vista, muito monótono…
Com um destaque óbvio para a artista Björk, considerada mesmo a islandesa mais famosa do mundo, existem outras referências musicais internacionais deste pequeno país, como os míticos The Sugarcubes, os Sigur Rós e a recente sensação Emiliana Torrini.
Se nos Sigur Rós conseguimos claramente personificar a imagem apresentada da cultura islandesa, produzindo um som hipnótico, de cariz sensorial e angélico, já com os The Sugarcubes temos o oposto, com um rock irreverente e energético, que contava com a voz de Björk para congregar tudo. Mesmo tendo a banda terminado em 1992, deixaram um grande legado e influência a bandas de todo o mundo. Por outro lado Emiliana Torrini, sensual e elegante, consegue ter uma linguagem actual, com uma base electrónica, nitidamente influenciada por outras bandas islandesas menos conhecidas, mas de grande importância para o cenário actual como os GusGus ou os Múm.
A cena “indie” é muito forte na Islândia, talvez por ser apenas uma moda, talvez pelos vários exemplos de sucesso, talvez por uma característica identitária com base no seu isolamento e solidão, quem sabe… Mas nestes últimos anos deu-se um grande desenvolvimento da música na Islândia, quer a nível comercial, quer a nível alternativo, devido sem dúvida a bandas que atingiram um certo estrelado como os já referidos GusGus, ou então o caso dos The Funerals ou Ólafur Arnalds, para o que tem fortemente contribuído o “Icelandic Airwaves”, um festival internacional anual, realizado nos vários clubes da capital Reiquiavique.
Mas o que de facto é impressionante, e que me levou a escrever este artigo é a quantidade de bandas musicais existentes no país, das mais variadas áreas, e acima de tudo, com grande qualidade. Num país com a mesma população de que os Açores, embora num contexto geográfico e histórico completamente diferente, conseguem apresentar garantidamente mais de 50 bandas já com alguma dimensão, para não falar nas centenas de bandas que existem nos liceus, universidades e clubes desta gelada ilha.
Aqui ficam alguns exemplos de qualidade e de relativo sucesso: Apparat Organ Quartet, FM Belfast, Amiina, For a Minor Reflection, Strafraenn Hákon, Daníel Ágúst, Einar Orn, Jóhann Jóhannsson, Jónsi & Alex, Sin Fang Bous, Óllöf Arnalds e Steindor Andersen.
Que a seguir à crise, ao vulcão e à vitória portuguesa, usufrua de uma boa audição de música islandesa!


Nota: na altura já sonhávamos com a ida da selecção ao Europeu, assim como com o fim da crise...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

OuVido

Múm - Yesterday Was Dramatic - Today Is OK (2000)

Esta obra de arte excepcional, mesmo sendo um primeiro álbum (2000), reflecte toda a sensibilidade da criação de um magnífico ambiente à base de música electrónica, como os conterrâneos Sigur Rós, com uns toques de Autechre. Marcante, sem dúvida.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

OuVisto

Outsourced (2006)


Celebração de cor, globalização e respeito mútuo entre pessoas. Simples e bonito.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

bodyspace.net sempre à frente

Jay-Z & Kanye West - Watch The Throne (2011)

Está um tipo relativamente bonito e solitário vestido com o seu hoodie preto sobre a cabeça, como de costume, a ouvir esta colaboração entre dois dos grandes enquanto escreve o texto sobre o mesmo, à vista de três colegas universitárias com quem nunca irá falar por vergonha. Vai sentindo o beat a bater forte, aplaude os versos em catadupa, identifica cada sample que não conhece com recurso à internet para ir ouvir os originais mal possa.

(Sabes que se tirares essa merda da cabeça és capaz de ter mais sucesso, não sabes?)


(ler mais)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

OuVido

Tortoise - Beacons of Ancestorship (2009)

Qualquer banda que fizesse este álbum ficaria orgulhosa de conseguir atingir esta maturidade e qualidade. Mas talvez para os fãs dos Tortoise (que são mais do que pensam), já se espera mais, sempre inovador, e com uma nova maneira de fazer umas guitarradas soarem ainda mais criativas.
Não deixa de ser um magnífico trabalho, do chamado "post-rock" norte-americano. Maduro e imaculado.

domingo, 13 de novembro de 2011

Só Para Não Esquecer

Augusto Alves da Silva:

Fotografia nº7 - Air Force aterra na Base das Lajes (2003)

3.16 (2003)

O veado sobranceiro à cidade

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11 do 11 do 11 - Um Clássico é um Clássico

Metallica - Master of Puppets (1986)

De facto, poder ouvir um som "pesado", mas com melodia e harmonia é interessante.
Por muitos considerado o melhor álbum de "heavy metal" de sempre, e por outro lado, agradado a muitos que não seriam necessariamente fãs deste tipo musical.
Vendeu 3 milhões de discos, ainda na época pré-internet, o que significa uma grande aceitação.
Gostem ou não deste estilo musical, é de facto um clássico e um marco na história da indústria discográfica do século XX.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coincidência?


Não sei se por coincidência, se por atenta programação e até, bom serviço público, no passado dia 6 de Novembro, a RTP1 exibiu à noite o filme "O Caimão (Il Caimano), de Nanni Moretti.

Metáfora sobre a modernidade italiana, nuns últimos 30 anos sobre a sombra de Berlusconi, e de um realizador de filmes de Classe Z que tenta recuperar o pouco que resta da sua vida.

Dois dias e 8 "traidores" depois, segundo Berlusconi, acabou o seu reinado. Por enquanto, pois a sede de poder e o medo da cadeia que esse senhor tem, podem fazer com que regresse em breve ao mundo político...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Leituras: Adeus Amanhã

Rui de Sousa - Adeus Amanhã (2011)

Primeiro livro de Rui de Sousa, jovem escritor terceirense, que inicia também a recente colecção LabJovem, uma edição da Direcção Regional da Cultura, em parceria com a Associação Cultural Burra de Milho.
Este é um dos trabalhos vencedores do concurso LabJovem, destinado a jovens valores artísticos dos Açores, residentes nos Açores, ou ainda, descendentes dos Açores.
É uma viagem interior, cheia de escolhas, considerações e juízos sobre os aspectos que nos cercam numa ilha.
História fresca, bem construída, e com uma poesia de invulgar qualidade intercalando certos capítulos, avanços e recuos do texto.
Mais trabalhos se esperam deste jovem autor.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

OuVido

Mano Negra - Casa Babylon (1994)

Nada mais divertido do que começar a manhã com o punk / ska / reggae dos Mano Negra, a banda mais internacional de todos os tempos, usando neste álbum, talvez pela primeira vez, extractos retirados da rádio e televisão a separar as várias canções. Posteriormente daria origem ao popular fenómeno Manu Chao.

domingo, 6 de novembro de 2011

Deve Ter Sido Bom


Max Richter, 5 de Novembro 2011, Teatro Maria Matos, Lisboa.

O compositor e instrumentista Max Richter parte de um paradigma clássico e vai beber inspiração ao minimalismo de Terry Riley, Steve Reich ou Philip Glass, com uma forte componente visual (entre diversas bandas sonoras de filmes, destaque para "Waltz With Bashir", 2008, de Ari Folman) e experimental. Depois de se formar na Academia Real de Música de Edimburgo, seguindo-se uma temporada em Florença sob a batuta de Luciano Berio, Richter deu os primeiros passos criativos em formações como o colectivo Piano Circus (juntamente com outros cinco pianistas) ou em colaborações com The Future Sound of London ou Roni Size. Ou seja, com um pé na música clássica e outro nas linguagens electrónicas contemporâneas. A carreira a solo, em nome próprio, teve início em 2002, a partir de "Memoryhouse". O mais recente capítulo, "Infra", editado em 2010, é o pretexto que o traz até ao Teatro Maria Matos, em Lisboa, para um concerto desde há muito aguardado.

bodyspace.net

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OuVisto


Incrível história sobre dois irmãos em busca de um par de sapatos roubados, numa verdadeira ode à humildade e amizade. De facto o amor não tem preço, como se poderá concluir depois deste delicioso registo do realizador iraniano Majid Majidi.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

OuVido



Mais um exercício íntimo de Sufjan Stevens, que com a sua jovem idade, aparenta uma maturidade dos clássicos. Pop com toques de electro-loucura, suave quando tem de ser, mas acima de tudo, passa a mensagem. Um dos favoritos dos últimos anos...