quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

OuVisto

Sozinho, 180 Dias no Lago Baikal (2011)

Um ensaio sobre a pureza, a natureza e a vida isolada em condições inóspitas. Sozinho, este aventureiro francês, Sylvain Tesson, um misto de escritor, conferencista e cineasta, passa 180 dias numa pequena casa durante o Inverno no Lago Baikal, na Rússia. E foi mesmo a Vodka que lhe valeu...

domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal 2011

Para cima é que é o caminho... (2011-12-18)

Bom Natal e um bom Ano de 2012. No mínimo melhor.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cinema e Vídeo nas Ilhas (2010-11-04)


Foram oito os seleccionados para a categoria de Vídeo do Concurso LabJovem, todos com um nível de criatividade muito interessante, e com a originalidade e irreverência típica dos mais jovens. Sem querer destacar em particular nenhum dos filmes, importa referir que os registos vão desde uma pesada abordagem poética com origem nos pensadores romanos, passando por videoclips de artistas também açorianos até registos mais juvenis e pedagógicos.
Dos oito seleccionados, será justo realçar o 1º classificado, neste feliz caso, uma representante do sexo feminino. Kara Miranda Lawrence nasceu em 1984 no Canadá, descendente de açorianos, especializou-se em cinema de animação, como nos mostra neste concurso com a curta-metragem “Oriana”. Trata-se de uma doce viagem de uma pequena fada, que passa por um mau bocado por não ter cumprido certas regras, mas o melhor é mesmo ver o vídeo, disponível, como todos os outros, entre os dias 15 e 21 de Novembro, no site oficial do concurso, www.labjovem.pt.
Esta jovem artista, além da atribuição de uma bolsa de estudo, recebeu ainda a menção LABCOMUNIDADES, destinada aos projectos seleccionados concebidos por descendentes de açorianos até à 3ª geração, uma novidade desta edição do concurso LabJovem. O júri foi novamente constituído por personagens de referência da cena audiovisual portuguesa, nomeadamente Rui Pereira, gestor e programador de cinema, e desde 2003 um dos directores do Festival Internacional IndieLisboa; Paulo Viveiros, Mestre em Ciências da Comunicação e professor da licenciatura de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona; e Gonçalo Tocha, artista multifacetado e realizador irreverente, um dos novos valores da cinematografia portuguesa.
Esta semana passada, entre 31 de Outubro e 7 de Novembro, realizou-se o Festival de Curtas das Ilhas – Faial Film Fest 2010, já na sua 6ª edição, sempre aprimorando o seu formato e conteúdo. Tem vindo desde 2008 a “internacionalizar-se”, embora apenas dirigido ao mercado lusófono e das ilhas do Atlântico, mas numa clara perspectiva de expansão, acarretando ao mesmo tempo o factor de internacionalização dos Açores, algo apenas conseguido em igual dimensão pelo AngraJazz ou COFIT.
Este ano foram aceites a concurso 58 filmes, novo recorde, onde se conta com cerca de uma dezena de produções açorianas, com grande destaque para a ilha do Faial, assim como para a presença de filmes de várias origens da lusofonia, como Brasil ou Cabo Verde (ver www.azoresfilmfestival.org).
As áreas a concurso são a ficção, documentário, animação e experimental, e entre as actividades várias paralelas ao evento, é de destacar a homenagem ao realizador português Manoel de Oliveira, onde foi exibido o seu último filme, “Painéis de São Vicente de Fora – Visão Poética”.
Muito foi feito desde 2005, com a então “1ª Mostra de Filmes Produzidos no Faial”, num entusiasta e dinâmico trabalho feito pelo Cine Clube da Horta, pois apenas com muita dedicação, paixão e tempo se consegue criar um evento assim tão prestigiante para a região. Parabéns à organização!
Para finalizar este pequeno passeio pelas imagens em movimento das nossas ilhas, deve se congratular também a direcção do 9500 Cineclube, em Ponta Delgada, que tem vindo a apresentar uma programação de cinema com muita qualidade e, acima de tudo, com muito cuidado da sua escolha, divulgação e explicação.
Novamente com um grupo de pessoas muito apaixonadas e conhecedoras, trata-se de uma associação cultural sem fins lucrativos que tem como principal objectivo uma intervenção sistemática no âmbito do cinema (e não só), promovendo também actividades paralelas, como formação ou debates.
Destaque para as recentes organizações do Ciclo de Artes Plásticas, Ciclo de Cinema no Feminino e Novo Cinema Holandês, entre outras, que possibilitam aos açorianos em geral, e aos micaelenses em particular, assistirem a cinematografias às quais não teriam hipótese nos sistemas regulares de exibição (ver mais em www.9500cineclube.blogspot.com).
Os Açores sempre foram uma região com uma grande paixão pelo cinema, com altos e baixos como todas as áreas. Utilizando a recente metáfora de Mário Soares em relação aos políticos portugueses e ao vinho, pode-se dizer que nos Açores tivemos este ano uma excelente colheita!

Nota: passou-se mais um ano, cheios de sucesso pelas respectivas organizações. Um bom sinal de continuidade e de qualidade.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

OuVido

Massive Attack - Blue Lines (1991)

Obra prima primeira dos Massive Attack, que veio inclusive a definir o que seria o Trip-Hop do futuro (então em 1991...). Álbum marcante, conjugando reggae, dub, muita poesia nas letras, e uma batida noturna e soturna, da mais profunda contemplação, até uns receosos passos numa calma pista de dança.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

OuVisto

Temos Papa (Habemus Papam, 2011)

Para mim, Nanni Moretti nunca falha. Não sei se é apenas empatia ou gosto, mas de facto aprecio muito todos os seus filmes - principalmente se for o actor principal. É algo similar com a minha relação com Woody Allen - aliás é uma comparação curiosa, pois são de facto dois seres bastante específicos, e representativos do homem stressado e deslumbrado em duas culturas ligeiramente opostas: o novo e o velho mundo.
Bonita comédia dramática, abordando, como sempre, temas humanistas, neste caso a angústia e a vulnerabilidade do ser humano: o Papa eleito.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Fantásticos Enxames", por Thomas Jackson

Interessante exercício por Thomas Jackson, autor relativamente desconhecido, sobre o conceito de "Enxames" (Swarms), que muita metáfora pode iniciar. Faz-nos pensar em tanta coisa que poderíamos fazer, ou que poderia acontecer...


Thomas Jackson - Swarm 1

Thomas Jackson - Swarm 2

Thomas Jackson - Swarm 3

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Leituras: Admirável Mundo Novo

Aldous Huxley - Admirável Mundo Novo (1932)

O livro que me fez nascer para a importância da genética e da biologia no futuro das nossas sociedades, além de ser uma poderosa obra de ficção, inquietando com as suas opções sobre as leis e regras sociais, assim como o poder do conceito de harmonia numa sociedade.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Lançamento do Disco "Amanhecer" de João da Ilha








Data:  10 de Dezembro (21h)
Local: Casa da Baía - Setúbal




AMANHECER é o primeiro disco oficial de João da Ilha, constituído por dez
músicas originais e uma versão de homenagem a autores açorianos. Após um
EP de cinco músicas, apresentado em 2009, este é o passo natural de um projecto
que se afirma num estilo próprio, e que faz questão de cantar a língua portuguesa,
integrando diversas influências que culminam numa sonoridade acústica, calma e
sobretudo viajante… É música do Atlântico!

O disco estará disponível para venda nesse dia e será  posto 
posteriormente no site  www.joaodailha.com, em formato digital em 
http://joaodailha.bandcamp.com/ e nalgumas lojas que em breve serão divulgadas.

Podem ouvir algumas das novas canções na página MEDIA :: MÚSICA

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

De pequenino se ouve o violino… (2010-10-21)


Realizaram-se nos passados dias 11, 13 e 15 de Outubro três concertos pela Orquestra Académica Metropolitana, em três escolas secundárias regionais, Antero de Quental (Ponta Delgada), Manuel de Arriaga (Horta) e Tomás Borba (Angra do Heroísmo). A grande particularidade deste evento, além da excelente iniciativa de levar música às escolas pela Direcção Regional da Cultura, integrado na programação da Temporada de Música 2010, é o facto de estes concertos serem comentados.
Sob a direcção do maestro Jean-Marc Burfin, foram interpretadas várias obras de dois autores europeus, no âmbito do que vulgarmente intitulamos de “música clássica”, geralmente de origem ocidental. Paralelamente existiam os comentários pelo maestro César Viana, permitindo assim aos jovens um contacto directo com este género de música, apoiado por explicações variadas, funcionando ao mesmo tempo como um forte contributo para o eterno problema da formação de novos públicos.
Geralmente quando nos confrontamos com este tipo de música pelas primeiras vezes, e pelo facto de não existir o hábito da sua audição, estranhamos, mesmo que a consideremos bela, angelical e etérea. Quando não estamos confortáveis com algo, por não dominarmos a sua essência, somos obrigados a tentar perceber o que se passa – o que obriga a um maior esforço para compreender, exercitando assim o cérebro, algo muito positivo, numa época subjugada pelo facilitismo da televisão e restantes media.
Reside de facto aí o grande valor desta iniciativa, providenciando uma experiência talvez mais importante do que os próprios jovens se possam aperceber no momento.
Também é de destacar o papel desta Orquestra Académica Metropolitana, eixo central de formação de jovens músicos portugueses, que mantém uma grande actividade, como é exemplo o facto de na temporada passada ter apresentado dez concertos com quatro programas diferentes.
Paralelamente aos concertos comentados, a descentralização musical e a interligação com outros projectos culturais tem sido ferramentas muito utilizadas em Portugal, e bem, com vista à captação de novos públicos, amantes e praticantes, com um merecido destaque dirigido à Orquestra Metropolitana de Lisboa, responsável por assegurar a programação regular em cerca de 15 autarquias de todo o país.
Por fim, realce à excelente programação da Temporada de Música 2010, com um verdadeiro sentido de descentralização, servindo mesmo de exemplo a outras áreas de gestão na região. Continua a ser um evento de projecção nacional, mas servindo essencialmente pela apresentação de artistas que de outra formam não viriam aos Açores.
Só tenho pena de a deslocação entre Terceira e São Miguel não ser mais fácil, como um Lisboa – Coimbra, pois não perderia certamente o espectáculo de Olga Roriz, no próximo dia 23 de Outubro, pelas 21h30, no Teatro Micaelense. A não perder!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

OuVido

Nuspirit Helsinki - Nuspirit Helsinki (2002)

Neste mundo de trocadilhos, este colectivo é mesmo finlandês. Não se nota no entanto nenhuma "frieza" na ligação que conseguem fazer entre o jazz e a electrónica, com toques claros de downbeat e trip-hop, juntando muitos elementos de várias origens para este seminal trabalho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Jeff Wall: “Os grandes fotógrafos são poetas”


30.11.2011 - Óscar Faria, em Santiago de Compostela

É um dos nomes centrais da arte das últimas décadas. O canadiano Jeff Wall revela, no Centro Galego de Arte Contemporânea, em Santiago de Compostela, muitas das obras que inspiraram o seu trabalho. Uma exposição relevante, através da qual é possível perceber as razões pelas quais este é um dos herdeiros da aventura surrealista (ler mais)...

(In Ípsilon)

domingo, 4 de dezembro de 2011

OuVisto

A Estrada (The Road, 2009)

Uma poderosa história, num mundo apocalíptico, onde, como sempre, vencerá o amor. A viagem de um pai e um filho à procura de segurança, baseado no marcante livro de Cormac McCarthy.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Labmeeting


LABMEETING | 8 a 11 de Dezembro 2011 | Programação

Nos próximos dias 8 a 11 de Dezembro decorrem as reuniões dos júris do LABJOVEM - Concurso de Jovens Criadores dos Açores (3ª Ed./2011). As reuniões decorrem na EXPOLAB, Lagoa, em São Miguel, e estão inseridas no programa LABMEETING, promovido no âmbito da deliberação dos júris acerca dos trabalhos a serem seleccionados para a próxima MOSTRA LABJOVEM.

assim, o LABMEETING inclui:

Dia 08 de Dezembro 
Carmina Galeria | Angra do Heroísmo | Terceira
21h30 | Lançamento do livro Indiferença, de Rui Cabral*  (com a presença do Autor, do Director Regional da Cultural, Dr. Paulus Bruno, e de Miguel Costa, Associação Cultural Burra de Milho)
22h00 | Actuação de Emanuel Paquete** 

Dia 09 de Dezembro 
Galeria Arco 8 | Ponta Delgada | São Miguel
22h00 Lançamento do livro Indiferença, de Rui Cabral*  (com apresentação de valter hugo mãe e presença do Autor, do Director Regional da Cultural, Dr. Paulus Bruno, e de Rogério Sousa, Associação Cultural Burra de Milho)
23h00 | Inauguração da exposição “Bandas Sonoras” da fotógrafa Rita Carmo (membro do júri de fotografia da 3ª ed. do LABJOVEM).
24h00 | Actuação de Flávio Cristóvam*** 

Dia 10 de Dezembro
Hotel Avenida | Ponta Delgada | São Miguel
21h30 – Lançamento dos livros Índia e Fotografia, do fotógrafo Joel Santos (membro do júri de fotografia da 3ª ed. do LABJOVEM),
22h00  Conferência de Joel Santos.

De 9 a 11 de Dezembro
EXPOLAB | Lagoa | São Miguel
Durante o dia - Reuniões e deliberações dos membros do júri das 10 categorias a concurso na 3ª Edição do LABJOVEM - Concurso de Jovens Criadores dos Açores (2011)


LABJOVEM - Concurso de Jovens Criadores dos Açores é um programa do Governo Regional dos Açores, através da Direcção Regional da Juventude, com organização da Associação Cultural Burra de Milho.

--
* autor seleccionado na categoria de Literatura da 2ª edição do LABJOVEM – 2009 | segundo livro da colecção Literatura LABJOVEMiniciada em 2011;
** seleccionado na categoria de Música na 1ª edição do LABJOVEM – 2007
*** seleccionado na categoria de Música na 2ª edição do LABJOVEM - 2009, vencedor da menção LABREVELAÇÃO - 2009

domingo, 27 de novembro de 2011

A Ver...

The 4400 (2004-2007)
Série televisiva sobre um grupo de 4400 pessoas, raptadas no passado e devolvidas pelo futuro. A ver, e a gostar.
Aliás, de como todos os produtos que abordem a temática de como trataremos das consequências da actividade humana no futuro do planeta, principalmente as relações pessoais e as próprias estruturas das sociedades... para não falar dos meios de transporte e actividades lúdicas!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A crise, o vulcão e a música (2010-10-05)

Da Islândia não nos vem apenas a crise e o vulcão (assim como uma vitória da selecção), mas acima de tudo música!
Trata-se de um país com uma população de 320 mil habitantes, quase a mesma que nos Açores, embora com uma área maior do que Portugal Continental (cerca de 100 mil quilómetros quadrados). Aliás, e sem juízos de qualquer tipo, as poucas semelhanças que existem connosco resumem-se ao facto de ser uma ilha, aos seus muitos fiordes (tipo fajãs) e a vários sítios de cariz geotérmico (tipo furnas). Enquanto sociedade, são extremamente liberais, com uma das mais altas taxas de literacia do mundo (99%), auto-suficientes e independentes – toda a electricidade é fornecida através de energias renováveis, como a geotermal ou a hidráulica!
A nível musical, possuem uma tradição baseada em canções folclóricas sobre amor, duendes e marinheiros, que manteve certas características desaparecidas em outros países nórdicos. O destaque vai para um tipo de canção, chamada “hákveöa”, que se refere a um especial ênfase dada a certas sílabas das palavras que compõem as letras, assim como existem muitas canções “à capela”, originárias ainda dos tempos dos Vikings. Para a actualidade parece ter subsistido esse aspecto contemplativo e abstracto, com paisagens muito extensas, gelo a perder de vista, muito monótono…
Com um destaque óbvio para a artista Björk, considerada mesmo a islandesa mais famosa do mundo, existem outras referências musicais internacionais deste pequeno país, como os míticos The Sugarcubes, os Sigur Rós e a recente sensação Emiliana Torrini.
Se nos Sigur Rós conseguimos claramente personificar a imagem apresentada da cultura islandesa, produzindo um som hipnótico, de cariz sensorial e angélico, já com os The Sugarcubes temos o oposto, com um rock irreverente e energético, que contava com a voz de Björk para congregar tudo. Mesmo tendo a banda terminado em 1992, deixaram um grande legado e influência a bandas de todo o mundo. Por outro lado Emiliana Torrini, sensual e elegante, consegue ter uma linguagem actual, com uma base electrónica, nitidamente influenciada por outras bandas islandesas menos conhecidas, mas de grande importância para o cenário actual como os GusGus ou os Múm.
A cena “indie” é muito forte na Islândia, talvez por ser apenas uma moda, talvez pelos vários exemplos de sucesso, talvez por uma característica identitária com base no seu isolamento e solidão, quem sabe… Mas nestes últimos anos deu-se um grande desenvolvimento da música na Islândia, quer a nível comercial, quer a nível alternativo, devido sem dúvida a bandas que atingiram um certo estrelado como os já referidos GusGus, ou então o caso dos The Funerals ou Ólafur Arnalds, para o que tem fortemente contribuído o “Icelandic Airwaves”, um festival internacional anual, realizado nos vários clubes da capital Reiquiavique.
Mas o que de facto é impressionante, e que me levou a escrever este artigo é a quantidade de bandas musicais existentes no país, das mais variadas áreas, e acima de tudo, com grande qualidade. Num país com a mesma população de que os Açores, embora num contexto geográfico e histórico completamente diferente, conseguem apresentar garantidamente mais de 50 bandas já com alguma dimensão, para não falar nas centenas de bandas que existem nos liceus, universidades e clubes desta gelada ilha.
Aqui ficam alguns exemplos de qualidade e de relativo sucesso: Apparat Organ Quartet, FM Belfast, Amiina, For a Minor Reflection, Strafraenn Hákon, Daníel Ágúst, Einar Orn, Jóhann Jóhannsson, Jónsi & Alex, Sin Fang Bous, Óllöf Arnalds e Steindor Andersen.
Que a seguir à crise, ao vulcão e à vitória portuguesa, usufrua de uma boa audição de música islandesa!


Nota: na altura já sonhávamos com a ida da selecção ao Europeu, assim como com o fim da crise...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

OuVido

Múm - Yesterday Was Dramatic - Today Is OK (2000)

Esta obra de arte excepcional, mesmo sendo um primeiro álbum (2000), reflecte toda a sensibilidade da criação de um magnífico ambiente à base de música electrónica, como os conterrâneos Sigur Rós, com uns toques de Autechre. Marcante, sem dúvida.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

OuVisto

Outsourced (2006)


Celebração de cor, globalização e respeito mútuo entre pessoas. Simples e bonito.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

bodyspace.net sempre à frente

Jay-Z & Kanye West - Watch The Throne (2011)

Está um tipo relativamente bonito e solitário vestido com o seu hoodie preto sobre a cabeça, como de costume, a ouvir esta colaboração entre dois dos grandes enquanto escreve o texto sobre o mesmo, à vista de três colegas universitárias com quem nunca irá falar por vergonha. Vai sentindo o beat a bater forte, aplaude os versos em catadupa, identifica cada sample que não conhece com recurso à internet para ir ouvir os originais mal possa.

(Sabes que se tirares essa merda da cabeça és capaz de ter mais sucesso, não sabes?)


(ler mais)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

OuVido

Tortoise - Beacons of Ancestorship (2009)

Qualquer banda que fizesse este álbum ficaria orgulhosa de conseguir atingir esta maturidade e qualidade. Mas talvez para os fãs dos Tortoise (que são mais do que pensam), já se espera mais, sempre inovador, e com uma nova maneira de fazer umas guitarradas soarem ainda mais criativas.
Não deixa de ser um magnífico trabalho, do chamado "post-rock" norte-americano. Maduro e imaculado.

domingo, 13 de novembro de 2011

Só Para Não Esquecer

Augusto Alves da Silva:

Fotografia nº7 - Air Force aterra na Base das Lajes (2003)

3.16 (2003)

O veado sobranceiro à cidade

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11 do 11 do 11 - Um Clássico é um Clássico

Metallica - Master of Puppets (1986)

De facto, poder ouvir um som "pesado", mas com melodia e harmonia é interessante.
Por muitos considerado o melhor álbum de "heavy metal" de sempre, e por outro lado, agradado a muitos que não seriam necessariamente fãs deste tipo musical.
Vendeu 3 milhões de discos, ainda na época pré-internet, o que significa uma grande aceitação.
Gostem ou não deste estilo musical, é de facto um clássico e um marco na história da indústria discográfica do século XX.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coincidência?


Não sei se por coincidência, se por atenta programação e até, bom serviço público, no passado dia 6 de Novembro, a RTP1 exibiu à noite o filme "O Caimão (Il Caimano), de Nanni Moretti.

Metáfora sobre a modernidade italiana, nuns últimos 30 anos sobre a sombra de Berlusconi, e de um realizador de filmes de Classe Z que tenta recuperar o pouco que resta da sua vida.

Dois dias e 8 "traidores" depois, segundo Berlusconi, acabou o seu reinado. Por enquanto, pois a sede de poder e o medo da cadeia que esse senhor tem, podem fazer com que regresse em breve ao mundo político...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Leituras: Adeus Amanhã

Rui de Sousa - Adeus Amanhã (2011)

Primeiro livro de Rui de Sousa, jovem escritor terceirense, que inicia também a recente colecção LabJovem, uma edição da Direcção Regional da Cultura, em parceria com a Associação Cultural Burra de Milho.
Este é um dos trabalhos vencedores do concurso LabJovem, destinado a jovens valores artísticos dos Açores, residentes nos Açores, ou ainda, descendentes dos Açores.
É uma viagem interior, cheia de escolhas, considerações e juízos sobre os aspectos que nos cercam numa ilha.
História fresca, bem construída, e com uma poesia de invulgar qualidade intercalando certos capítulos, avanços e recuos do texto.
Mais trabalhos se esperam deste jovem autor.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

OuVido

Mano Negra - Casa Babylon (1994)

Nada mais divertido do que começar a manhã com o punk / ska / reggae dos Mano Negra, a banda mais internacional de todos os tempos, usando neste álbum, talvez pela primeira vez, extractos retirados da rádio e televisão a separar as várias canções. Posteriormente daria origem ao popular fenómeno Manu Chao.

domingo, 6 de novembro de 2011

Deve Ter Sido Bom


Max Richter, 5 de Novembro 2011, Teatro Maria Matos, Lisboa.

O compositor e instrumentista Max Richter parte de um paradigma clássico e vai beber inspiração ao minimalismo de Terry Riley, Steve Reich ou Philip Glass, com uma forte componente visual (entre diversas bandas sonoras de filmes, destaque para "Waltz With Bashir", 2008, de Ari Folman) e experimental. Depois de se formar na Academia Real de Música de Edimburgo, seguindo-se uma temporada em Florença sob a batuta de Luciano Berio, Richter deu os primeiros passos criativos em formações como o colectivo Piano Circus (juntamente com outros cinco pianistas) ou em colaborações com The Future Sound of London ou Roni Size. Ou seja, com um pé na música clássica e outro nas linguagens electrónicas contemporâneas. A carreira a solo, em nome próprio, teve início em 2002, a partir de "Memoryhouse". O mais recente capítulo, "Infra", editado em 2010, é o pretexto que o traz até ao Teatro Maria Matos, em Lisboa, para um concerto desde há muito aguardado.

bodyspace.net

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OuVisto


Incrível história sobre dois irmãos em busca de um par de sapatos roubados, numa verdadeira ode à humildade e amizade. De facto o amor não tem preço, como se poderá concluir depois deste delicioso registo do realizador iraniano Majid Majidi.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

OuVido



Mais um exercício íntimo de Sufjan Stevens, que com a sua jovem idade, aparenta uma maturidade dos clássicos. Pop com toques de electro-loucura, suave quando tem de ser, mas acima de tudo, passa a mensagem. Um dos favoritos dos últimos anos...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

7 biliões mais Um

Ai Wei Wei, mais um artista / activista, preso semana sim, semana não. O mundo não pode esquecer, ainda mais porque se a China "goes democratic", dominarão o planeta. Aqui uma amostra / homenagem.

Sunflowers Seeds (Tate Modern) - 1

Sunflowers Seeds (Tate Modern) - 2

Sunflowers Seeds (Tate Modern) - 3

Bicicletas

Bird's Nest (Estádio Jogos Olímpicos Pequim)




This Is Not An iPhone

Suporte (2011)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Também gostava muito...


Akram Khan, um dos grandes da dança contemporânea, com base em danças tradicionais indianas. Quando passou há uns anos em Portugal, quase que tive a sorte. Uma pequena amostra.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Trémulo e Rouco cantando as Trevas e o Amor.


Quando o mote é cultura são vários os temas que anseio por abordar, como o próprio conceito de arte, questões sobre o património intangível ou a crítica artística um festival de artes realizado recentemente. Mas desta vez não tive hipótese de escolha, devido principalmente à proximidade do momento em questão: o último concerto a que assisti.
Infelizmente não se realizou na região, forçando mesmo a minha deslocação a Lisboa, onde, sem saber bem como, no passado dia 5 de Abril, estava sentado numa mesa no Cabaret Maxime, à espera de ver e ouvir Bonnie ‘Prince’ Billy.
Este incrível performer, que se afigura como algo entre um místico e efémero trovador e um animal de palco, atingiu momentos de uma intensidade lírica brutal, assemelhando-se a uma inocente criança, que por vezes nos transmite a mais dolorosa verdade sobre a vida.
Parece estranho alguém deslocar-se a Lisboa, num dia de semana, para ver um concerto numa antiga “casa de meninas”, e ainda por cima de um artista que ninguém conhece! O único contra-argumento lógico que tenho é o seguinte: é o Bonnie!
De seu nome Will Oldham, nascido em Louisville, Kentucky (E.U.A.), a 24 de Dezembro de 1970, qual Messias da música folk contemporânea, é um artista que se encontra entre um rock independente e um country music alternativo.
Já gravou e editou sob vários pseudóminos, como os Palace, Palace Music, Palace Brothers e mais recentemente como Bonnie ‘Prince’ Billy, um nome cheio de referências iconográficas da cultura norte-americana (Bonnie Prince Charlie, Billy the Kid e Nat King Cole), e com o qual se estabeleceu na cena internacional.
Desde 1982 já gravou mais de 15 álbuns e cerca de 45 singles ou EPs, de onde se destacam obrigatoriamente I See Darkness (1999) e Superwolf (2005), este em conjunto com Matt Sweeney.
Todos os seus trabalhos carregam uma forte vertente introspectiva, reflectiva e dolorosamente melódica. Um anjo negro do amor, se quisermos… onde todos os sonhos, dificuldades e enigmas mais obscuros são explicados ao pormenor, sem relutância alguma.
Uma prova inegável do seu valor e importância para a música contemporânea norte-americana é o disco tributo de que foi sujeito em 2004, onde artistas de várias áreas musicais se juntaram e gravaram I Am a Cold Rock. I Am Dull Grass, que rapidamente se esgotou.
O último trabalho de Oldham, The Letting Go (2006) – talvez o seu melhor trabalho de sempre – esteve bem patente no concerto, onde, após mais de uma hora e meia, ainda houve tempo para “discos pedidos” por parte do público, e dois magníficos encores.
Dificilmente rotulado ou categorizado, este recente disco pode-se considerar o seu trabalho mais aventureiro e inesperado, com um leve toque de intriga proporcionado pela incrível voz de Dawn McCarthy, vocalista dos Faun Fables, que abriram o concerto outro dia no Maxime.
Will Oldham tem também participado em vários filmes, com destaque para Matewan (1987) ou Junebug (2005). Em 2006 entra em dois filmes que receberam excelentes críticas assim como alguns prémios em vários festivais: Old Joy e The Guatemalan Handshake.


Angra do Heroísmo, 15 de Abril de 2007
Miguel Rosa Costa


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Saudades da Suécia

Para matar saudades, fotos de alguns trabalhos de Baltasar Pinheiro, escultor terceirense a residir (não radicado...) na Suécia. 







Imagens: Diário Insular, A Uniãoonemoreshot (Miguel Bettencourt).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sound + vision: Philip Glass com sotaque das Caraíbas


Obras originalmente para piano, assinadas por Philip Glass, em interpretação por uma steel band nova iorquina. Em gravação editada pela (ler mais)...

domingo, 23 de outubro de 2011

Leituras: A Sombra do Vento

Carlos Ruiz Zafón - A Sombra do Vento

Primeiro livro que li deste autor, e que me apanhou completamente de surpresa, como sempre, pelo mesmo: a descrição das personagens, das suas mais íntimas vontades e medos, que até compreendemos... Devolveu-me o gosto pela leitura.

sábado, 22 de outubro de 2011

Diversidade Cultural

Rica sexta-feira, no que diz respeito a actividade cultural, jovem, criativa, e possivelmente identificadora de uma geração... E graças à boa vontade da Carmina Galeria e da Associação Cultural Burra de Milho.


Exposição "Metamorfose", de Maria Ana Simões

Lançamento do livro "Adeus Amanhã", de Rui de Sousa

Concerto de João Félix, com 10 temas, um sólido desempenho.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Gostava Muito




Gostava de muita coisa na vida, verdadeiramente importantes, mas também gostava muito de estar em Guimarães este fim-de-semana... Meg Stuart e Bonnie 'Prince' Billy, muito bom!