quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Os requintados De-Phazz

​De-Phazz - Big (2009)

De vez em quando também gosto de relaxar. E com música. E assim surgiram os De-Pahzz na minha vida, numa época dominada pelo trip-hop e chill out, com destaque para Kruder & Dorfmeister, Stefan Pompougnac, Air e Massive Attack, deparei-me com os vários trabalhos de extrema qualidade deste agrupamento germano-austríaco, com o destaque para este Big (2009), Death by Chocolate (2001) e também Daily Lama (2002).
Como sempre, exploram aqui uma vastidão de música, do soul ao jazz, passado pelo easy linstenig e música de origem latina, com inspiração nos grandes clássicos, posicionando-se claramente numa postura de música ambiente e lounge, mas com uma qualidade e criatividade muito requintada - não há de facto outra palavra... requintada.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AMOSTRAM'ISSE - PONTA DELGADA - 14 a 18 OUTUBRO



Continua o "AMOSTRAM'ISSE" - Mostra de Cinema dos Açores, desta vez em Ponta Delgada, de 14 a 18 de Outubro no Teatro Micaelense. Depois de Angra e Horta, segue-se agora a exibição em São Miguel de 13 filmes realizados por açorianos, ou realizados nos Açores, onde se desmistifica o facto de não haver qualidade nem criatividade na área do cinema na região.

É também uma altura para aproveitar o momento e falar sobre o cinema, o que se fez, o que se faz, e obviamente, o que se pode fazer, tentado reunir profissionais, apaixonados e responsáveis da arte.



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Duras Verdades em Mar Adentro

Mar Adentro (2004)

Este excelente filme de Alejandro Amenábar é baseado na vida de Ramón Sampedro, pescador espanhol que ficou preso a uma cama devido a um acidente de mergulho (quadraplégico), ficando 28 anos a lutar pelo direito a colocar um fim à sua vida, tornando-se um dos mais reconhecidos defensores da eutanásia. 
Javier Bardem faz "mais" um excelente trabalho, explorando-se neste filme a relação do pescador com duas mulheres, cada uma com uma visão diferente em relação à eutanásia.
Além do Óscar e Globo de Ouro para melhor filme de língua estrangeira (2004), ganhou dezenas de prémios e tornou-se um filme referência de alerta social para a questão abordada. O cinema enquanto arte e intervenção social.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pavement 101

​Pavement - Quarantine the Past: The Best of Pavement​ (2010)

Por mim inseria no blogue todos os álbuns dos Pavement, provavelmente a banda que me fez nascer para a música menos comercial e alternativa, com o seu espírito crítico, de base universitária norte-americana, e acima de tudo, com um excelente som e uma criatividade fora do comum.
As colectâneas são de facto sempre complexas, pois tiram o fio condutor de um álbum, que conta uma história específica, Mas neste caso conta muito bem a história dos Pavement.
Lançado pela Matador Records em 2010, compreende os sons iniciais da banda, nos seus exclusivos discos de vinil, até aos mais recentes e maduros trabalhos, numa fase final do grupo. Este é o primeiro registo em formato de colectânea, e teve por base a reunião do grupo liderado por Stephen Malkmus em 2010, sendo ainda dificultado pelo facto de a banda nunca ter tido nenhum "hit" nos tops.
Neste disco recordam-se temas emblemáticos para quem ouviu vezes sem conta os álbuns dos Pavement (como "Shaddy Lane" ou "Cut Your Hair"), sem novas músicas ou Lados B, podendo ser considerada uma boa biografia musical para iniciantes em Pavement.
Extremamente Recomendado!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pelo Tempo: "O Regresso dos Ornatos" (2012-02-21)

Quem não gosta de uma boa notícia, principalmente em época de acometimento, e foi isso que me aconteceu: os Ornatos Violeta vão dar dois concertos, nos Coliseus da nação (Lisboa e Porto), a 25 e 30 de Outubro respetivamente.
Desde 2002, data do último concerto da banda, foi impressionante a disseminação e influência que tiveram com base nos dois únicos discos editados, “Cão!” (1997) e “O Monstro Precisa de Amigos” (1999), relançados recentemente a celebrar os 20 anos da sua criação, assim como um novo CD com inéditos e raridades, o que já deixava algo no ar…
Tornaram-se de facto uma referência musical no panorama português, que muitas boas memórias criaram, com Manuel Cruz (a alma), Nuno Prata (baixo), Kinorm (bateria), Elísio Donas (teclados) e Peixe (guitarra). Se em Portugal não existiu um circuito alternativo de música rock, tipo circuito universitário norte-americano, ou uma cidade co mais pujança criativa, como Seattle ou Manchester, tivemos os Ornatos Violeta!
Este quinteto, originário do Porto, esperou seis anos até à produção do seu primeiro álbum, o já referido e mítico “Cão!”, em 1997, onde revelaram toda a sua irreverência e criatividade, percorrendo musicalmente do Ska ao Rock, passando pelo Funk, entre outros. O talento foi logo reconhecido, tendo sido convidados pelos Xutos & Pontapés a abrirem vários concertos, entre eles, um no Coliseu de Lisboa.
Dois anos depois confirma-se toda a sua genialidade, com a edição do álbum “O Monstro Precisa de Amigos”, monumental e inovador, e que acabaria por ser o último trabalho da banda, arrecadando vários prémios, como o Álbum do Ano pela Blitz.
Este trabalho tem ainda mais valor pela sua qualidade transversal, como é disso exemplo a magnífica participação dos Corvos em algumas faixas, ou do mítico Victor Espadinha e ainda de Gordon Gano (dos Violent Femmes).
Ganham nova notoriedade ao participarem na coletânea de homenagem aos Xutos, “XX Anos, XX Bandas”, gravando uma versão de “Circo de Feras” que se tornou um quase ex-libris do álbum.    
Após a sua última e famosa aparição pública, no Hard club, onde ficaram célebres as três palavras proferidas por Manel Cruz: “até um dia”, começou imediatamente o legado dos Ornatos, surgindo em 2002 os Pluto, banda com um rock ligeiramente mais tradicional, incluindo Cruz e o guitarrista Peixe. No mesmo ano surgem ainda os Supernada, novamente liderados por Cruz.
Agora estão de volta, cimentados numa amizade que preferiram não estragar, acabando com a banda e não dando possibilidade a brigas e desentendimento… embora tenham tido a triste ideia de irem viver todos juntos num apartamento!
Miguel Rosa Costa


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Negro Scorsese

Taxi Driver (1976)

Escura obra-prima de Martin Scorsese, este Taxi Driver causa paixões e ódios. É de facto um exemplo poético, de um realismo muito deprimente... 
Robert De Niro no seu melhor papel, de simples homem, a mostro horroroso e, finalmente, a herói mediático, numa incrível transformação - que marca o estilo de Scorsese, negro como a vida...