terça-feira, 21 de junho de 2016

Pelo Tempo: "IndieLisboa, 10º Edição, 7ª Extensão" (2013-05-07)

Terminou no passado dia 28 de Abril a 10ª edição do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema, e que conseguiu reunir cerca de 45 mil participantes, entre sessões de cinema, workshops e palestras, sendo 30 mil espetadores dos cerca de 250 filmes exibidos.

Bons números para uma fase crítica que o setor cultural atravessa, demonstrando uma maturidade coerente, resultado dos anos de experiência acumulados, assim como de uma sempre acutilante estratégia comunicacional.

Agora seguem-se as extensões, confirmadas para este ano ainda apenas em Coimbra, Odivelas, e o sempre curioso caso de Angra do Heroísmo, que ao longo dos anos (desde 2007) tem vindo a ser a principal extensão do festival, quer pelo número de espetadores, quer pela sua frequência e continuidade.

Assim, entre 10 e 14 de Maio, numa organização da Associação Cultural Burra de Milho, exibir-se-ão alguns dos principais filmes da edição deste ano, assim como se repete o ciclo destinado ao público infantil, sempre com uma grande adesão.

Aliás, um dos aspetos principais para a organização é essa mesma formação de públicos, numa aproximação das crianças a conteúdos de qualidade e com uma estética diferente dos lugares comuns que as rodeiam no dia-a-dia. Desde 2007 já passaram cerca de 4000 pessoas pelas extensões realizadas em Angra, sendo que mais de metade desse número representa esse público infanto-juvenil referido, numa parceria com as escolas da ilha.

Este festival pretende acima de tudo divulgar um cinema que geralmente não é disponibilizado nas salas do circuito comercial, com o intuito de promover filmes de autores nacionais e estrangeiros de qualidade, mas de difícil acesso.

Este ano, e sob a temática de que “Hollywood está a ficar sem ideias”, serão exibidos na Terceira os grandes vencedores do Festival, e sem querer destacar nenhum filme em detrimento de outro, pois o gosto de cada um é suficiente para isso, existe grande expetativa na longa-metragem do primeiro dia da extensão, Doméstica, um documentário brasileiro onde sete crianças filmam as suas empregadas, transmitindo a imagem que delas têm, assim como da sua relação e proximidade – foi um dos filmes preferidos do público neste edição.

No sábado serão exibidos mais dois filmes premiados: um francês de animação e um brasileiro, na área da ficção – cinema que passa atualmente por uma maré de sucesso por todo o mundo (o brasileiro).

No domingo, além da sessão infantil da tarde (16h00), o destaque vai para a sessão noturna (21h00), com os grandes vencedores do festival, nomeadamente Da Vinci (Itália) e Leviathan (EUA / Reino Unido). 

Esperemos que os filmes agradem a todos, “miúdos e graúdos”, e mesmo que assim não seja, que para o ano tenhamos novamente a possibilidade de assistir a cinema deste género e qualidade, estando já anunciada a data do festival em Lisboa (24 de abril a 4 de maio).

Miguel Rosa Costa


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