sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Pelo Tempo: "Jorge Barros - Aproximações" (2012-12-04)

Como noticiado por este jornal, durante o mês de Novembro esteve patente a exposição de fotografia “Aproximações”, de Jorge Barros, no átrio do Cento Cultural de Angra, numa iniciativa do Instituto Açoriano de Cultura, e com o apoio do Governo Regional dos Açores, neste caso integrada nas IV Jornadas de Reflexão de Animação Turística.
É composta por cerca de 40 imagens, aos pares, demonstrando particularidades do nosso património cultural (móvel e imaterial), sendo uma imagem oriunda do continente português e a outra dos Açores, ambas do arquivo pessoal de Jorge Barros.
Através da sua objetiva, solidificou-se o conceito de identidade nacional existente entre o território insular e continental, por vezes tão esparsa no dia-a-dia… Com estas imagens, encurtam-se então as impostas distâncias geográficas, dando lugar a uma complexa proximidade cultural.
Como diz o autor, no catálogo que acompanha o evento, são registos de “gestos e olhares do quotidiano em atos culturais de lugar em lugar, raiz e seiva espiritual que nos torna grandes como povo”.
Segundo o fotógrafo, este trabalho pretende ser “uma troca de olhares entre o continente e as ilhas açorianas”, sobre as quais pediu “a amigos escritores que escrevessem sobre elas”, o que veio a acontecer, como o caso de Alice Vieira ou Vasco Graça. Contextualizando, afirmou ainda ser este o seu “manifesto pessoal contra o desinvestimento na cultura”.
A exposição foi pela primeira vez apresentada durante as Sanjoaninas 2009, na galeria do IAC, tendo entretanto estado patente em Lisboa, Alcobaça, Varzim, Faial, Pico, Corvo e Flores, onde foi visitada pelo Presidente da República quando da sua passagem por esta ilha. Ainda bem que tem sido mostrada.
Jorge Barros nasceu em Alcobaça, no ano de 1944, e é um reconhecido fotógrafo, editado em variadas publicações, e muitas vezes fornecendo imagens para textos de autores conceituados. Quase sempre focado numa temática humana, já viajou por todo o país, sempre com uma sensibilidade que realça características culturais e etnográficas dos habitantes locais, nutrindo uma feliz “inclinação” pelos Açores.
É de louvar a sua afetividade, que acaba por realçar ainda mais o humanismo nas imagens que apresenta, sendo uma sua conhecida frase bem exemplificativa disso: "o mais importante foi, é, tornar gente Feliz!"


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