No passado domingo estreou o
documentário “Montar a Tenda”, da realizadora galega radicada nos Açores,
Montserrat Ciges, que aborda as questões relacionadas com o património
imaterial em torno das danças de Carnaval da ilha Terceira.
Numa sala que se encontrava bem composta, principalmente por elementos pertencentes às danças que tinham sido filmadas neste Carnaval de 2012, o filme teve uma receção muito boa, gerando sempre interesse ao longo dos seus 60 minutos, e terminando com uma sentida salva de palmas, claramente dirigidas aos responsáveis pelo filme.
A nível técnico tenho de realçar a excelente qualidade do som, mesmo em condições certamente difíceis, como a captação em garagens e pequenas salas durante os ensaios, aos próprios dias em que as danças se apresentam nas sociedades, “ouvia-se” perfeitamente o que a realizadora pretendia. Como foi referido antes da exibição do filme pelo Diretor Regional da Cultura, a realizadora já tinha feito um trabalho de recolha sonora relacionado com os Romeiros em São Miguel.Numa perspetiva global, tendo em conta os aspetos técnicos, mas também as questões emocionais por detrás desta temática, o filme captou uma boa parte da essência do que realmente é uma dança de carnaval. São-nos mostrados os ensaios, o ambiente rural onde se inserem os participantes, as dinâmicas entre as pessoas envolvidas, como se estrutura uma dança, a elaboração das roupas, as principais diferenças entre danças de espada, pandeiro e comédias, os assuntos, etc.Talvez a distância dos responsáveis ao assunto, uma galega e outro micaelense (Tiago Melo Bento), ajude a ter uma perspetiva clara do que se passa durante aqueles meses dos ensaios, assim como a intensidade dos três (ou quatro) dias do Carnaval. Outro aspeto importante do filme é o facto de os ângulos e as filmagens não serem as que geralmente estamos habituados.
Esta excelente iniciativa tem a tutela da Direção Regional da Cultura, numa encomenda feita à Associação Cultural “O Corredor”, de São Miguel, e que se enquadra numa ação maior de recolha do património cultural imaterial e intangível dos Açores. De referir ainda que as várias horas de filmagens, de onde se editou o filme apresentado, estarão disponíveis para consulta por parte de investigadores ou interessados, na sede da DRaC, contribuindo assim para um importante acervo em desenvolvimento.Além de ser um dos aspetos fundamentais da identidade cultural terceirense, o Carnaval consegue emocionar-me sempre, como aconteceu durante o filme, assim como a muitas das pessoas presentes.
Numa sala que se encontrava bem composta, principalmente por elementos pertencentes às danças que tinham sido filmadas neste Carnaval de 2012, o filme teve uma receção muito boa, gerando sempre interesse ao longo dos seus 60 minutos, e terminando com uma sentida salva de palmas, claramente dirigidas aos responsáveis pelo filme.
A nível técnico tenho de realçar a excelente qualidade do som, mesmo em condições certamente difíceis, como a captação em garagens e pequenas salas durante os ensaios, aos próprios dias em que as danças se apresentam nas sociedades, “ouvia-se” perfeitamente o que a realizadora pretendia. Como foi referido antes da exibição do filme pelo Diretor Regional da Cultura, a realizadora já tinha feito um trabalho de recolha sonora relacionado com os Romeiros em São Miguel.Numa perspetiva global, tendo em conta os aspetos técnicos, mas também as questões emocionais por detrás desta temática, o filme captou uma boa parte da essência do que realmente é uma dança de carnaval. São-nos mostrados os ensaios, o ambiente rural onde se inserem os participantes, as dinâmicas entre as pessoas envolvidas, como se estrutura uma dança, a elaboração das roupas, as principais diferenças entre danças de espada, pandeiro e comédias, os assuntos, etc.Talvez a distância dos responsáveis ao assunto, uma galega e outro micaelense (Tiago Melo Bento), ajude a ter uma perspetiva clara do que se passa durante aqueles meses dos ensaios, assim como a intensidade dos três (ou quatro) dias do Carnaval. Outro aspeto importante do filme é o facto de os ângulos e as filmagens não serem as que geralmente estamos habituados.
Esta excelente iniciativa tem a tutela da Direção Regional da Cultura, numa encomenda feita à Associação Cultural “O Corredor”, de São Miguel, e que se enquadra numa ação maior de recolha do património cultural imaterial e intangível dos Açores. De referir ainda que as várias horas de filmagens, de onde se editou o filme apresentado, estarão disponíveis para consulta por parte de investigadores ou interessados, na sede da DRaC, contribuindo assim para um importante acervo em desenvolvimento.Além de ser um dos aspetos fundamentais da identidade cultural terceirense, o Carnaval consegue emocionar-me sempre, como aconteceu durante o filme, assim como a muitas das pessoas presentes.
PS. nem de propósito, recordo este artigo e esta visualização em 2012, tendo em 2013 este sido um dos filmes apresentado pelo "Amostram'isse" - Mostra de Cinema dos Açores, que tanto feedback positivo tem gerado.
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