segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Leituras: Lewis Carroll e a sua Alice

Lewis Carroll - Alice no País das Maravilhas (1865) 
e
Lewis Carroll - Alice do Outro Lado do Espelho (1871)


Pode parecer pouco ortodoxo, mas juntamente com o já referido Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, estes trabalhos de Lewis Carroll foram fundamentais para os meus primeiros tempos enquanto aluno da licenciatura em Antropologia, devido fundamentalmente à sua complexidade e variedade de abordagens, preparando-nos para um conceito de "Estrutura".

Se em Alice no País das Maravilhas a menina segue o Coelho Branco e conhece os mais variados e estranhos personagens, em Alice do Outro Lado do Espelho, a sua continuação menos conhecida, Alice tem de ultrapassar vários obstáculos, estruturados como etapas de um jogo de xadrez, com vista a tornar-se rainha, nestes universos de pesadelo, povoados por criaturas esquisitas que vivem aprisionadas em paradoxos lógicos e argumentos circulares.

Somos transportados para um lugar fantástico, povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo - característica dos sonhos, e repleto de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos.


Sem comentários:

Enviar um comentário