Este filme de Jean-Paul Rappenau, baseado na peça do século XIX de Edmond Rostand, é de facto uma delícia cinematográfica.
Cyrano de Bergerac (Gérard Depardieu) é uma figura carismática em plena Paris do século XVII, famoso poeta, filósofo e espadachim, mas também reconhecido pelo seu enorme nariz, o maior de França!
O filme vai então rodar-se em torno das peripécias apaixonadas deste personagem e de um conjunto incrível de co-protagonistas, e com base num dos grandes temas da humanidade: um amor não correspondido.
Tornou-se uma referência para os amantes e estudiosos da sétima arte, pois Rappenau transformou esta peça de teatro (muito particular e também ela seminal) em puro cinema.
Desde a famosa cena da introdução, ao ritmo incrível que conseguiu implementar, da espetacularidade das batalhas e o intimismo entre os três protagonistas, e isto tudo mantendo o verso de Rostand - é um conjunto de riquíssimos pormenores que o remetem para os anais do cinema.
Depardieu ajuda de facto à festa e ao sucesso do filme, encaixando como uma luva neste papel fanfarrão, mas sofrido, que lhe trouxe a nomeação para o Óscar de Melhor Ator, e mesmo o César e prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes.
Mais uma vez, um clássico obrigatório para a história do cinema.
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