Um destes dias assistia à série televisiva “Touch”, em exibição em Portugal na Fox, e um dos maiores sucessos deste ano nos Estados Unidos da América, quando numa das histórias que compõe a série, fico com a sensação de reconhecer uma cara.
O personagem era um açoriano emigrado no Brasil, e o sotaque não enganava – terceirense de gema! Trata-se de Louis Ferreira, nome artístico de Luís Ferreira, nascido na ilha Terceira, em 1967. Emigrou com cinco anos para o Canadá, e desde 1986 tem participado em dezenas de séries, filmes e peças de teatro.
Tornou-se conhecido devido à sua participação nas séries “Stargate Universe”, “Durham County” e “Missing”. Mas no seu currículo existem mais de 100 participações em séries televisivas, nos Estados Unidos e Canadá, como “24 Horas”, “CSI Miami”, “Mentes Criminosas” ou “NCSI”, todas em exibição em Portugal com grande sucesso.
Até esta participação em “Touch”, destaca-se o papel representado no filme “Grey Gardens”, contracenando com Jessica Lange e Drew Barrymore (2009), assim como muitos outros, trabalhando com atores como Andy Garcia, Mark Whalberg ou Angela Basset. Recentemente fez o papel de Donald Trump, numa biografia não autorizada, assim como foi o ator principal da minissérie de ficção científica “The Andromeda Strain”.
Em 1999 ganhou o seu primeiro prémio para melhor ator no Chicago Alt. Film Fest, pelo papel em “Fallen Arches”. Em 2008 ganhou o Gemini (equivalente aos Emmy no Canadá) para Melhor Ator Dramático, pela participação em “Durham County”, tendo sido novamente nomeado em 2010, pelo seu papel em “Stargate Universe”, o que demonstra o estatuto que atingiu.
Outra terceirense, outra atriz. Sara Freitas nasceu em 1985, na ilha Terceira, e mudou-se em 2005 para o Rio de Janeiro para seguir o sonho da representação, já manifestado durante a sua adolescência, tendo participado em cinco peças do projeto “Orpheu”, da Escola Secundária de Angra.
Primeiro estudou na Casa das Artes de Laranjeiras durante três anos, tendo de seguida feito o teste e ficado no musical “Sítio do Pica-pau Amarelo”, durante um ano e meio, viajando por várias cidades brasileiras.
De seguida teve a excelente oportunidade de participar na peça “Mais respeito que sou tua mãe”, com direção de Miguel Falabella, e contracenando com Cláudia Jimenez, figuras altamente reconhecidas no mundo do teatro e televisão brasileiras. Além de outros projetos, mais recentemente participou na peça "O bom canário", em Fevereiro de 2012.
São duas histórias diferentes, de pessoas de gerações distintas e com percursos de vida bem diversos. Mas são dois sonhos, um em construção e o outro constantemente a ser defendido e trabalhado. Para os dois a melhor da sorte e o reconhecimento pela sua qualidade, mas acima de tudo pela sua capacidade de lutarem pelos seus objetivos.
PS. Felizmente ambos continuam em boa maré de trabalho!
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