Em sexto lugar, temos uma
espécie de estreia, embora seja o segundo álbum, e ambos lançados pelos
próprios: “House of Balloons”, dos The
Weeknd. A vogal que parece faltar já tinha mexido comigo antes,
instigando-me curiosidade. O seu som parece uma mistura antiga, com técnica
futurista…Difícil parar de ouvir. Também tenho que explorar mais.
Por oposição a álbuns de
estreia, seguem-se dois consagrados nomes: Jay-Z
e Kanye West, que poucos meses
depois de editarem magníficos trabalhos em nome individual (sendo o 2º, para
mim, o disco do ano em 2010), juntaram-se em “Watch the Throne”, numa já
habitual atmosfera de crítica social, política e económica. Parece feito “às
três pancadas”, mas quando se juntam estes dois o resultado apenas pode ser
fenomenal!
Em oitavo, nova presença
norte-americana, com o aparentemente desatualizado som folk-rock dos Fleet Foxes,
com o álbum “Helplessness”. Poderosa harmonia que consegue identificar esta
banda com o som independente americano. A ouvir melhor.
A próxima referência, “Black
Up”, do projeto Shabazz Palaces,
encontra-se no submundo do hip-hop experimental, com fortes influências de jazz
e eletrónica, mas editado por uma editora de bandas independentes… Só mesmo
ouvindo e percebendo o que estou a descrever.
A acabar uma pseudo-lista de
álbuns para 2011, fica a deliciosa referência ao trabalho “David Comes to
Life”, dos revivalistas punk
canadianos Fucked Up, apresentando-nos
um disco duplo conceptual de 80 minutos, retratando a vida de um operário
fabril chamado David numa verdadeira opera
rock. Pesado e longo, mas marcante.
Resta-me referir, a título
mais pessoal, os álbuns dos Destroyer
(“Kaputt”), dos Wild Flag (“Wild
Flag”) e de Kurt Ville (“Smoke Ring
For My Halo”), e acima de tudo, o novo trabalho de Stephen Malkmus, sem o brilho dos magníficos Pavement que liderou nos anos 90, mas é sempre bom ver alguém que
admiramos gravar novo álbum, e com a qualidade desejada, como é o caso deste
“Mirror Traffic”.
Em jeito de conclusão, e em
comparação com artigo do mesmo género que escrevi o ano passado, pode
observar-se uma maior aproximação a um som mais mainstream, mais comercial, por parte da crítica musical. Pode também
ser um sinal dos tempos, com anos mais experimentalistas do que outros.
Em relação ao ano que nos
espera, o fatídico 2012, a música continuará boa certamente, com grandes
concertos em Portugal, aos quais não faltarão jovens ouvintes, antigos fãs, e
relutantes acompanhantes.
Enfim, com vista à melhor
fruição cultural possível, recheada de criatividade, destacamos as confirmadas
presenças de Metallica e Bruce Springsteen no Rock in Rio; Björk, The xx e os
carismáticos Yo La Tengo (!) no Optimus Primavera Sound; os Coldplay a 18 de
Maio no Estádio do Dragão; e ainda os Stone Roses, Mazzy Star, Caribou e
Radiohead (no dia dos meus anos!) no Optimus Alive.
A coisa promete. Boas
músicas!
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